quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

OPINIÃO: Complexo e não necessariamente eficiente, novo modelo de secretarias em Jaboatão ainda não foi bem digerido


A história do novo formato de secretarias de Jaboatão está dando o que falar. A junção de secretarias como as de educação, saúde, esportes e políticas sociais, que formariam uma única secretaria, a Secretaria de Políticas Sociais Integradas, está deixando muita gente com a pulga atrás da orelha, afinal, saúde e educação (por exemplo) são áreas essenciais e totalmente diferentes, portanto, merecem ser comandadas por profissionais especializados em cada área. Será que um médico seria capaz de entender de pedagogia e comandar a educação de um município (ou vice versa)?  Está é apenas uma questão que precisa de respostas nesta complexa reforma "administrativa" de Jaboatão.

Se por um lado o prefeito Elias Gomes usa palavras e metodologias complicadas para tentar explicar aos jornalistas e a população que este novo formato de unir diversas áreas já existe nas grandes corporações e vai representar "eficiência" e uma economia de 20% aos cofres públicos, por outro, o povo continua achando tudo muito complicado. Imagine você que tem um problema na área de saúde, precisa contactar a secretaria de saúde e descobre que terá que ir na Secretaria de Políticas Sociais Integradas? Pelo menos na questão da nomenclatura será bem complicado, não? Imagine ainda que o secretário de Políticas Sociais seja médico e não entenda nada de esportes e educação. Como ele vai deliberar na área? É exatamente este ponto que a oposição questiona.

Para a oposição, a nova a reforma secretarial trará prejuízos para a população, pois os secretários não dominarão todos os temas. Além disso, a oposição acredita que a junção de secretarias é  estratégia para concentrar mais poder nas mãos do prefeito Elias Gomes.  De acordo com a oposição, o município com menos secretarias daria menos dor de cabeça a Elias, já que as decisões estariam concentradas nas mãos de 8 secretários de total confiança do prefeito. 

Outro ponto favorável para o prefeito Elias Gomes com o novo modelo seria a "facilidade" em exonerar cargos sem causar grandes desgastes no governo, já que os secretários executivos, gerentes, etc, teriam menos poder de decisão e destaque na estrutura política do governo. 

Vele lembrar que este novo modelo de gestão foi sugerido através de estudo da Fundação Getúlio Vargas. Se o modelo será eficiente,  se teremos de fato economia ou não, só saberemos com o tempo. 

Outra questão que está me deixando intrigado são as secretarias executivas. Oficialmente Jaboatão terá 8 secretarias, mais as executivas em cada área (saúde, educação  lazer, esportes, meio ambiente, etc) continuarão existindo? Provavelmente sim. Então, qual economia teríamos se as antigas estruturas vão continuar existindo? São questões que só vamos consegui decifrar na próxima sexta-feira. 

Se você estiver com paciência para ler, clique AQUI e confira na íntegra o enorme texto enviado pela assessoria da prefeitura de Jaboatão explicando o novo formato e tire suas próprias conclusões...



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