Sobre a Lagoa


A Lagoa Olho D'água, também conhecida como Lagoa do Náutico, está localizada no município de Jaboatão dos Guararapes - PE, na Região Metropolitana do Recife. Com um espelho d'água de aproximadamente 400 hectares, é a maior lagoa de formação de restinga em área urbana do Brasil, sendo duas vezes e meia maior que a Lagoa Rodrigo de Freitas, do Rio de Janeiro. 

A Lagoa está situada na região conhecida como "Eixo do Desenvolvimento", entre as cidades de Recife e o Porto de Suape (Ipojuca - PE), tendo, dessa forma, grande potencial turístico (ainda não explorado),  econômico e  imobiliário. De acordo com levantamento feito pela secretaria Estadual das cidades, 35 mil pessoas vivam nas margens da lagoa e outras 150 mil num raios de até 2 quilômetros. 

Não existem registros históricos documentados sobre a lagoa, mas os moradores mais antigos comentam que a Lagoa Olho D'água foi por muito tempo utilizada para a prática de esportes náuticos. Por este motivo foi inicialmente batizada de Lagoa do Náutico. Em seguida, os moradores passaram a chamá-la de Lagoa Olho D'água. As razões para a mudança de nome permanecem sem explicação. 

Apesar da localização privilegiada e com grande potencial econômico e turístico, a Lagoa Olho D'água sofre com a degradação e abandono do poder público.

Mesmo sendo única e de beleza exuberante, atualmente a lagoa sofre com a poluição de esgotos, proliferação de doenças como filariose e esquistossomose, ocupações irregulares, queimadas, matança de animais nativos e com o assoreamento. Estudos recentes apontam que o nível de poluição é tão grande que a lagoa vem perdendo, inclusive, sua profundidade natural. Antes a lagoa possuía cerca de 8 metros de profundidade. Hoje não chega aos 80 centímetros em algumas pontos. 

O assoreamento que tem levado sedimentos para dentro da lagoa, vem afetando toda a biodiversidade do local. Quase não existem peixes e as poucas espécies que resistem estão ameaçadas. A vegetação natural sofre com as queimadas intermitentes e a área de mangue foi quase extinta. Os animais nativos estão desaparecendo e as aves já não freqüentam a lagoa como no passado.

A conseqüência de toda essa destruição é sentida, principalmente, durante o inverno, quando todos os bairros da zona sul de Jaboatão, dos mais ricos aos mais humildes, ficam completamente alagados.  Com a lagoa assoreada e sem ter para onde escoar, a água das chuvas invade a área urbana, trazendo doenças, prejuízo e transtornos para a população de toda zona sul de Jaboatão.

Infraestrutura e saneamento