quarta-feira, 2 de maio de 2012

Eleições 2012 em Jaboatão: Pré-candidato do Psol, César Ramos, critica movimento Muda Jaboatão e governo Elias Gomes

César Ramos - Pré-candidato em Jaboatão pelo Psol
 Por César Ramos

Desde a formação do movimento intitulado “Muda Jaboatão”, nós do PSOL temos sido freqüentemente indagados sobre a razão de nossa não participação desse grupo de oposição. Esclarecemos nossa postura de independência nos três tópicos que se seguem:

1. Elias Gomes: A velha política de “vida nova”.


O atual prefeito de Jaboatão não possui moral alguma para falar das antigas administrações, pois, além de manter, nos principais escalões de seu governo, os representantes desse passado, que ironicamente ele hoje tanto critica, reproduz, ainda, todas as mazelas da velha política que sempre dominou nossa cidade, como podemos comprovar na:

• Manutenção da relação clientelista com a Câmara de Vereadores;
• Realização de dispensas milionárias de licitação e na aprovação de aditivos absurdos;
• Enganação da população com promessas eleitoreiras e não cumpridas até hoje, a exemplo das promessas de cobrir 40% da cidade com saneamento, pavimentar de 1.000 ruas, implantar 130 novas Unidades de Saúde da Família, construir 40 novas escolas e entre outras promessas que até hoje não saíram do papel;
• Ausência histórica de políticas ambientais, de mobilidade urbana, de saúde preventiva, de planejamento urbano e de promoção da cultura local.
• Ampliação do inchaço da máquina pública com um número exorbitante de cargos comissionados que objetivam, unicamente, formar um exército de cabos eleitorais para as próximas eleições.

Por essas e outras razões, Elias Gomes representa, unicamente, a continuação de tudo de ruim que sempre existiu em nossa cidade. Para comprovar isso, basta visitar a periferia de Jaboatão para ver que a vida das pessoas continua do mesmo jeito. Entrou e saiu governo e nada mudou!

2. União das Oposições de Jaboatão: oposição a que?

A que se opõe hoje, parte dos integrantes do “Movimento Muda Jaboatão”? Aos desvios e superfaturamentos que, também, existia quando eles estavam no poder? As promessas que um dia eles também fizeram e não cumpriram? O que defendem eles, senão a simples troca das peças do tabuleiro sem, contudo, mudar as regras do jogo? Que espécie de oposição é essa que mantém vereadores e cargos comissionados na base de governo do PSDB? Que diferença fará trocar os Cargos Comissionados da cidade do Cabo pela velha política de Jaboatão, quando o que precisamos é profissionalizar a gestão e abrir concurso público?

Seria muita incoerência de nossa parte, se unir com aqueles que foram um dia os responsáveis pelo caos que impera hoje em Jaboatão, pois a crítica que fazemos hoje ao governo de Elias Gomes é a mesma que faríamos a maioria dos integrantes do “Movimento Muda Jaboatão” quando eles estavam no poder.

O vergonhoso quadro atual de Jaboatão, onde perto de 90% da cidade não têm saneamento, 40% das escolas funcionam em prédios alugados (casas adaptadas em escolas), a enorme dívida municipal, 25% da população vivendo na extrema pobreza em favelas, o alto índice de violência que tem exterminado nossa juventude, o colapso do sistema viário e do transporte coletivo local, a baixa cobertura do Programa Saúde da Família, onde quase metade da população é excluída e tantas outras mazelas sociais que nos assolam hoje, são culpa daqueles que um dia foi secretário, prefeito, vice-prefeito bem como de todos aqueles que, de algum modo, foram coniventes e beneficiados com a roubalheira aos cofres públicos de Jaboatão. Os que ontem foram os causadores de nossas moléstias, jamais poderão vir ser, hoje, a solução para os males que eles mesmos ajudaram a criar.

Entendemos que de nada adiantará “mudar por mudar”, trocar “seis por meia dúzia”, pouca diferença fará na vida do povo de Jaboatão. As “meias mudanças” são, quase sempre, uma forma de não mudar coisa nenhuma. Mais que trocar de prefeito é preciso mudar o projeto de cidade que até hoje atende, unicamente, os interesses pessoais de um grupo que lucra em detrimento da miséria e sofrimento do povo. Elias Gomes e a Velha política da cidade já tiveram nas mãos a chance de mudar Jaboatão e preferiram, em nome da governabilidade, manter privilégios e reproduzir o atraso. Hoje, o que precisamos é de renovação.

3. PSOL: uma oposição diferente!


Nós, do PSOL, não nos enquadramos entre aqueles que representam as “forças do passado”, pois, nunca fizemos coro com a quadrilha que assaltava os cofres públicos de Jaboatão, antes, fizemos uma oposição firme nas eleições de 2008 e ao perceber que a atual gestão é, na essência, igual à velha política, não nos calamos aos desmandos da gestão tucana.

Somos, portanto, uma oposição que não deseja a volta ao passado, mas, também, não se vendeu nem se iludiu com os remendos e paliativos do presente. A pré-candidatura do PSOL revela, justamente, a necessidade de renovação no quadro político local.

Por fim, Jaboatão só mudará de verdade no dia em que os homens e mulheres honestos daqui, resolverem se levantar para cuidar de sua própria cidade. Caso contrário, estaremos condenados a viver importando prefeitos ou a reciclar a “velha política” de sempre. As forças políticas que irão mudar essa cidade encontram-se hoje, ainda, adormecidas no seio da sociedade e nossa candidatura objetivará, entre outras, ser um grito clamando pelo despertar do povo.
Nem o caos do passado, nem tão pouco os enganos do presente, mas um futuro novo para Jaboatão.

César Ramos
Pré-candidato à prefeitura de Jaboatão pelo PSOL

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