domingo, 12 de julho de 2009

Moradora Reclama: Jaboatão Cobra IPTU. Mas Cadê o benefício?


Tarde de Domingo. Meu telefone toca. Do outro lado da linha uma antiga moradora da Lagoa Olho D'Água reclama da cobrança do IPTU do seu imóvel, localizado no Parque Lagoa Olho D'Água, em Piedade. O valor de R$: 6.226,86, por um pequeno terreno com casa, não só assustou Maria Augusta, como deixo-a indignada por ter que pagar um imposto sem ter, segundo ela, qualquer benefício. Me ofereci para mostrar no blog os problemas da comunidade e constatarmos se a cobrança da prefeitura de Jaboatão seria realmente justa.

Nosso tour começou nas ruas que dão acesso ao loteamento Parque Lagoa Olho D'Água. Logo na entrada, demos de cara com muitos buracos e ruas eslamaçadas. A cerca de 200 metros da lagoa, um cavalo morto expoxto ao ar livre, o qual Maria Augusta fez questão de mostrar na imagem. O animal em alto estado de putrefação, não apenas causava mal cheiro, mas arriscava a vida das crianças que brincavam num campo de futebol improvisado há alguns metros dalí.


Seguimos adiante. O próximo ponto o qual visitamos foi a rua sem sinalização que dá acesso ao Movimento Pró-Criança. Percebemos uma terraplenagem recente que nada solucionou o problema da água do esgoto, que corre a céu aberto e se acumula na entrada da instituição. Quando chove, as crianças precisam pisar na água suja para entrar.


Vinte metros adiante, no local onde há poucos dias havia uma vala cavada irregularmente pela prefeitura de Jaboatão, a rua estava intransitável. O lixo, também jogado pela prefeitura enquanto faziam a limpeza do Canal de Setúbal, permanece espalhado. Os moradores reclamam que o caminhão do lixo também não está fazendo a coleta no local.

Finalmente chegamos na Lagoa Olho D'Água. Lá a situação do lixo não era nada diferente. "Nenhum outro Governo em Jaboatão, apesar de não serem bons, mandou jogar lixo na Lagoa Olho D'Água! Esse governo Elias fez o contrário: mandou limpar os canais e jogou a imundice aqui na beira da lagoa. Disseram na imprensa que fizeram a limpeza, mas veja a real situação" - reclama Maria Augusta.

Seguimos adiante. Dessa vez Augusta queria me mostrar a ponte que dá acesso aos moradores nos dias de chuva. Na verdade, a ponte trata-se de manilhas colocadas sobre um canal (e pagas) pelos próprios moradores. O caminho é estreito e os carros correm o risco de cair durante a travessia. "Fomos nós que pagamos essa ponte. A prefeitura em nada ajudou. Nosso caminho principal seria a Avenida Jangadeiro, mas quando chove fica impossível passar por lá. Essa ponte improvisada foi a sulução que encontramos para não ficarmos presos em casa na época das chuvas - protesta.


Nosso passeio finalmente chegou ao fim. Pude constatar que os moradores não são atendidos por nenhum serviço básico. Nem água encanada existe no local. Dessa forma, como seria possível uma cobrança de IPTU de mais de 3 mil reais?


MAIS IMAGENS




Um comentário:

Anônimo disse...

Aproveitando esse espaço, gostaria de dizer que as comunidades próximas à Lagoa do Náutico, só são vistas pelos órgãos públicos em época de eleição e cobrança de Iptu. Serviços básicos, tais como urbanização, limpeza, saneamento, escola, postos de saúde e segurança não acontece. As "ruas" existentes mais parecem trilhas alagadas, tomadas pelo mato e por fossas a céu aberto.

Por favor sr. Prefeito, reveja o valor do IPTU dessas comunidades, onde voces ainda não chegaram com os serviços básicos.

Nós, ligados ao clube de mães, próximo a Cabus, agradecemos em nome de todas as comunidades residentes próximas à Lagoa do Náutico.

Lísias