domingo, 21 de agosto de 2011

Vereador do PT é o calo no pé de Elias

 Por Cláudia Vasconcelos, do Jornal do Commercio

O apoio de petistas à governabilidade da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, alardeado pelo prefeito Elias Gomes (PSDB) em entrevista na última quinta-feira (18), levou o vereador Robson Leite (PT) a afirmar que tudo não passa de encenação do tucano. Oposicionista na Câmara Municipal, ele diz que o prefeito usa a polêmica em torno da nomeação da petista Karla Menezes como secretária de sua gestão para desviar o foco dos desmandos que a cidade sofre.

À imprensa, Elias Gomes chegou a acusar o vereador de querer fazer Jaboatão retornar ao atraso ao atuar a favor do ex-prefeito Newton Carneiro. E ressaltou que, apesar de não haver apoio formal do PT a sua administração, obteve garantia de colaborações por parte do senador Humberto Costa, do deputado federal e presidente estadual do PT Pedro Eugênio e do deputado federal João Paulo. Robson Leite vê nas declarações um momento de desespero do adversário.

É desespero usar o nome de Pedro Eugênio, Humberto Costa e João Paulo. Não damos apoio a ele, e sim ao povo jaboatonense, rebateu o vereador, que deseja ser candidato a prefeito em 2012. Entre os problemas da gestão, segundo Leite, está a regulamentação dos mototaxistas. Ele critica a redução do número de profissionais em atuação no município de 6 mil para 270. Esses pais de família vão viver de quê?, questiona.

Diferentemente do vereador, o senador Humberto Costa adotou tom conciliador ao comentar a parceria informal entre PT e PSDB em Jaboatão. Para ele, colaborar com investimentos para a cidade não significa a construção de aliança para as eleições municipais do próximo ano.

Nosso compromisso fundamental é com a população. Qualquer município que demande meu apoio como senador o terá, sem qualquer discriminação, falou.

Quanto à atuação de Karla Menezes como secretária de Direitos Humanos e Segurança Cidadã de Jaboatão, o senador crê que ela deveria ter discutido com o partido antes de aceitar o cargo, mas considera o assunto resolvido. Elias Gomes diz que a escolha foi técnica.

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