sexta-feira, 13 de maio de 2011

Prefeitura de Jaboatão lança plano de Drenagem da zona sul e promete que problema da lagoa será resolvido

Ontem a tarde, o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre o lançamento do plano de drenagem da zona sul de Jaboatão, chamado de "Plano de Águas Pluviais". O objetivo é por fim aos alagamentos em toda região da Lagoa Olho D'água e da Muribeca. Nosso blog esteve presente na coletiva e vai resumir as principais ações que deverão ser adotadas pela prefeitura até o final deste ano.

Elaboração do Plano Águas Pluviais - o plano de drenagem de Jaboatão está sendo alaborado e promete ficar pronto até o final de 2011. Visando planejar ações para acabar (ou minimizar) os alagamentos na zona sul de Jaboatão, o plano beneficiará quase metade da população do município (43%), que hoje vive em áreas de alagado ou com risco de enchentes. Quando estiver pronto, a prefeitura dará início a captação de recursos para investir em obras definitivas na lagoa e em Muribeca.

Ações emergenciais:

Revestimento de Canais - Enquanto o plano não fica pronto, a prefeitura deve adotar algumas ações emergenciais para evitar os alagamentos na  zona sul de Jaboatão (região da bacia Olho D'água). Os canais de rio das Velhas e Garapeiras, ambos localizados em Guararapes (distrito de Prazeres) serão revestidos. As obras começam no próximo dia 16 de maio e devem durar aproximadamente 1 ano. Cerca de 250 famílias serão retiradas das margens do canal e indenizadas. Outros 4 canais também estão sendo licitados.

Dragagem da Lagoa Olho D'água - a prefeitura de Jaboatão reconhece que o assoreamento da lagoa é o principal causador dos alagamentos na zona sul de Jaboatão. Como não há dinheiro para dragar toda lagoa (uma obra desse porte pode custar mais de R$ 100 milhões), Elias promete que em 60 dias começará obras de dregagam em pontos críticos da lagoa. Segundo o prefeito e a empresa que está elaborando os estudos, a ATP Engenharia, essa dragagem aumentará a capacidade de captação da água das chuvas, diminuindo os alagamentos. A prefeitura de Jaboatão diz que não sabe ainda qual será o custo da "mini dragagem" (se é que assim podemos chamá-la), mas adiantou que deverá ser financiado com recursos do município, sem a necessidade de licitação, já que Jaboatão está em situação de emergência em virtude das chuvas.

Construção de compotas no Canal Olho D'água -  De acordo com o prefeito, outra medida que será adotada para tentar conter o transbordamento da lagoa será a construção de compotas no canal Olho D'água, que liga a lagoa ao mar. Com isso, a prefeitura pretende evitar que a maré alta aumente ainda mais o nível da lagoa quando chove. A viabilidade técnica do projeto deverá ser anunciado em 60 dias. Se aprovado, as obras serão imediatas.

Proibição de novas construções - durante a coletiva de imprensa, o prefeito Elias Gomes assinou decreto que proíbe novas construções nas margens da lagoa. A determinação vale por 90 dias. Durante esse período, a prefeitura não aprovará nenhum projeto de novas construções numa distância de até 500 metros da lagoa. A determinação poderá se estender caso o estudo técnico inviabilize novas construções no entorno lagoa. 

Pavimentação de ruas - só na zona sul de Jaboatão, entre os bairros de Piedade, Candeias, Dom Hélder e Barra de Jangada, a prefeitura pretende pavimentar 40 ruas até o final deste ano. Na Lagoa Olho D'água, se destaca a pavimentação e drenagem da rua José Maia Bezerra, que liga a Rua Jangadeiro ao Parque Lagoa Olho D'água, (próximo ao Dom Hélder). Essa obra deve beneficiar instituições como a Escola José Rodovalho, Movimento Pró-criança, além de diversas comunidades no entorno da lagoa.

Plano Municipal de Saneamento básico -  a partir do próximo ano, para consegui recursos para investimento em saneamento básico, todo município precisa elaborar, obrigatoriamente, um plano Municipal de Saneamento básico. Jaboatão ainda não tem esse plano. Atualmente, a Caixa Econômica Federal está analisando a possibilidade de financiar o plano de saneamento de Jaboatão, que deve custar R$ 2,5 milhões.

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