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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

OPINIÃO: A previsível vitória de Elias Gomes em Jaboatão

Previsível. Esta palavra define o pleito eleitoral em Jaboatão neste ano. Sem muitas opções de escolha, a população ficou dividida entre a continuidade do governo Elias Gomes (PSDB) ou arriscar uma nova administração com Cleiton Collins (PSC). Venceu Elias, que foi reeleito com 62,93% dos votos. Collins não alcançou nem a metade dos votos do tucano. Estancou nos 27,54%.

Como já dito, a vitória de Elias Gomes era mais que previsível. Apesar de não ter cumprido promessas de campanha como dragar a Lagoa Olho D'água, aumentar o índice de saneamento de Jaboatão a 40% (hoje a cidade tem menos de 2%) ou pavimentar as tão faladas 1 mil ruas, Elias conseguiu dar uma alavancada na sua gestão em meados de 2011. Estratégico, parou de afirmar excessivamente que as mazelas de Jaboatão eram culpa das gestões anteriores e começou a trabalhar.

Com a ajuda de financiamentos da união e do Estado, pavimentou ruas, becos e vielas; construiu obras viárias, deu atenção especial as principais corredores, iniciou trabalhos de manutenção em comunidades mais carentes, fez importantes alianças políticas e trabalhou com uma equipe de comunicação competente, que meticulosamente conseguiu construir a imagem de um Elias Gomes bom moço, o salvador de Jaboatão e que sem ele a "mudança" poderia ser interrompida. 

Do outro lado, Collins começava uma campanha tímida, cheia de erros e que sequer teve apoio do seu partido no Estado, o PSC. O deputado pastor teve dificuldade até mesmo para consegui apoio de membros da sua igreja. A surpresa veio quando presidente da igreja que Collins participa, a Assembléia de Deus em Pernambuco, declarou publicamente apoiar Elias Gomes. Mas os erros de Collins não acabaram por ai...

O deputado pastor não se posicionou bem a respeito da garantia do Estado Laico caso fosse eleito. E isto pesou, assim como seu mal desempenho político como deputado, tendo aprovado poucos projetos durante seus 2 mandatos. Provocou desconfiança de parte dos eleitores e da imprensa local, que não via com bons olhos suas candidatura e propostas superficiais.

Notícias analisando sua candidatura começaram a surgir e, a partir deste momento, Collins passou a ignorar veículos de comunicação que falavam dele negativamente, demonstrando a falta de preparo daqueles que orientavam sua campanha. Foi seguindo isolado, numa campanha morta, sem sal... Enquanto isso, Elias buscava apoio até mesmo daqueles que pensavam diferente. 

E a estratégia tucana deu certo. Elias Gomes foi reeleito logo no primeiro turno, com maioria absoluta dos votos. No inconsciente da maioria da população, verdade ou não, impera o seguinte pensamento: "Apesar de Elias não ter feito tudo que prometeu, Jaboatão hoje pelo menos funciona administrativamente. Não temos a garantia que Collins fará melhor, por isso melhor continuar como está do que arriscar voltar ao caos do passado" .



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