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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Na mídia: Assembleia discute atraso em obra na Lagoa Olho D'água

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
31/08/2011 | 16h12 | Jaboatão



O andamento das obras de revitalização da Lagoa Olho D’Água, em Jaboatão dos Guararapes, foi o estopim de uma grande discussão ocorrida hoje, na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. O projeto atinge direta e indiretamente cerca de 250 mil pessoas que moram na área, segundo Companhia Estadual de Habitação (Cehab). “Para Jaboatão, essa é uma questão estruturadora. A cidade passou, ao longo das décadas, por um desenvolvimento sem ordenamento urbano, com pouco controle e fiscalização por parte do poder público anterior à atual gestão, o que propiciou toda essa situação”, disse o responsável pela solicitação da audiência, deputado estadual Betinho Gomes (PSDB).

“Quando falam de atraso, quero destacar que as ações vêm sendo feitas. São 320 unidades habitacionais já entregues e esperamos entregar mais 950 até dezembro”, rebateu o presidente da Cehab, Milton Mota. Segundo ele, há a preocupação de  se alcançar um desenvolvimento que seja sustentável, social e econômico. “Dos R$ 111 milhões captados pelo governo do estado no Ministério das Cidades, R$ 52 milhões foram destinados à construção de conjuntos habitacionais e R$ 59 milhões para a parte de intervenção”, relatou.
“Estamos cansados de tantos estudos e ações de menos. Precisamos, ao menos, de um cronograma. O meu maior sonho é ver o trabalho concluído”, desabafou o morador da comunidade, Hebert Fernandes. “Quando chove, a água não tem para onde escoar. Para sair de casa temos que pisar na lama, sem contar as muitas doenças”, completou. Ele tem um blog, com o mesmo nome da lagoa, que acompanha os trabalhos da localidade.

Hebert Fernandes, denunciou que algumas pessoas beneficiadas com novas moradias, voltaram ao local. “Tem gente que voltou a invadir os locais desapropriados. Isso acontece porque não há fiscalização”, contou. Ele também explicou que não se pode esperar mais pelo início dos trabalhos. “Para quem mora lá, são mais 3 ou 4 meses de sofrimento”, falou. Mota, no entanto, ressaltou a importância que o estudo da lagoa tem para que não haja danos ambientais. “Os trabalhos vão além do físico e estrutural. Não adianta fazer planos sem ter nenhuma orientação. O estudo, por exemplo, aponta duas estações de tratamento”, justificou. Ao final, o Cehab se comprometeu a manter os moradores informados e espera concluir os estudos até 30 de outubro.

Gean França, especial para o Diariodepernambuco.com.br

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