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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

OPINIÃO: Com R$ 210 milhões liberados, revitalização da Lagoa Olho D'água não avança

Valor total apenas da obra de urbanização é de R$ 410 milhões, 7 vezes maior que o valor que está sendo investido na engorda da orla e mais da matade do orçamento anual de Jaboatão

Localizada em Jaboatão - PE, Lagoa Olho D'água é a maior de formação de restinga em área urbana do Brasil e talvez a mais abandonada
É uma vergonha a falta de informação do governo do Estado de Pernambuco e da prefeitura de Jaboatão com relação as obras de revitalização da Lagoa Olho D'água. Todos os dias recebo e-mails de moradores que foram cadastrados, mas não tiveram qualquer retorno da Companhia Estadual de Habitação - CEHAB, a respeito do andamento do processo de desapropriação. São cidadãos que não sabem se terão o direito de ficar onde sempre viveram ou terão suas casas destruídas para dar espaço ao importante projeto de urbanização da lagoa.

Até agora, tudo é um mistério. Mesmo com R$ 210 milhões já liberados pelo governo federal para o início da urbanização, o projeto não avança. E não adianta procurar o governo do Estado ou prefeitura de Jaboatão, eles só enrolam! O que eu sei até agora é que a via Metropolitana Sul deve sair (pois é uma obra que beneficiará o Porto de Suape), só não me perguntem quando...

No meio de todo o desinteresse nas obras que poderiam transformar a zona sul de Jaboatão, o que posso informar precisamente são os valores astronômicos que já foram liberados: R$ 160 milhões para a Via Metropolitana Sul (que custará R$ 350 milhões no total), mais R$ 50 milhões para a urbanização da Lagoa Olho Dágua. Inclusive, a obra de urbanização da lagoa já consta como obra em execução há mais de 1 ano no relatório do PAC, mas nada aconteceu até agora, nem mesmo uma terraplenagem. E ai me pergunto: onde estão os órgãos de fiscalização como Ministério Público e Tribunal de Contas?

Voltando a  Via Metropolitana Sul, provavelmente, seu contorno será pelas margens da lagoa: é o que dizem, é o mais obvio. Mas  nada ainda é certo, pois não existem projetos executivos das obras (que eu saiba). Desta forma, as áreas que serão desocupadas ainda não estão 100% definidas, o que deixa  os moradores que tiveram casas cadastradas numa situação complicada. Brincar com o psicológico desta população já tão sofrida, deixandos-os sem respostas, como se não fossem cidadãos é humano?

Vergonha maior neste caso é a falta de interesse dos nossos vereadores e do nosso executivo, que não dão em cima, não acompanharem uma obra que vai ultrapassar a cifra dos R$ 410 milhões (o que corresponde a mais da metade da receita anual de Jaboatão e  7 vezes mais que o valor que está sendo investido na orla). Até parece que a prefeitura de Jaboatão não tem qualquer interesse pelas mais de 100.000 pessoas que vivem nas margens da lagoa (exceto em época de eleição), muito menos que o município se desenvolva, já que esses R$ 400 milhões em investimentos tirariam Jaboatão do atraso histórico de décadas.

Fiquei sabendo há um mês por gente de confiança de dentro do governo municipal que Elias Gomes começaria a cobrar mais do governo do Estado as obras na lagoa. Mas pelo que vejo, enquanto as alianças políticas não forem definidas para a próxima eleição, nada vai avançar. Os interesses políticos e pessoais parecem ser mais importantes que o bem estar da população. 

E enquanto nada avança mesmo com dinheiro em caixa (será que está em caixa ainda?), Jaboatão continua em listas vergonhosas como a de 3ª pior cidade em saneamento do Brasil. O prefeito eleito pelo segundo mandato consecutivo continua falando que o município está em crise e culpando gestões anteriores por falhas de inoperabilidade que a atual gestão continua cometendo. Os vereadores continuam incapazes de gerir o processo, o governo do Estado está mais preocupado com a corrida presidencial em prol do governador Eduardo Campos "et voilá"!  O povo continua sofrendo calado, até deus sabe quando! 


CONFIRA A CRONOLOGIA DO ANDAMENTO DAS OBRAS :

2008 - Liberação de R$ 110 milhões do PAC 1 para as obras de urbanização da Lagoa Olho D'água, além da construção de moradias.

2009 -  início do cadastramento dos moradores da lagoa e construção do habitacional para abrigar 1.361 famílias, retiradas posteriormente das margens da lagoa. Custo da obra: R$ 60 milhões.

2010 -  início da elaboração de estudos técnicos para o projeto de urbanização da lagoa. Urbanização está orçada inicialmente em R$ 50 milhões, já liberados em 2008, mas nenhuma obra foi inicada até o momento.

2011 -  primeiras 300 famílias são transferidas para a o Habitacional Olho D'água, em Cajueiro Seco - Jaboatão. 

2012 - mais de 1 mil famílias foram transferidas para o Habitacional Olho D'água. Processo de mudança foi finalizado no final de 2012.

2013 -  liberados pelo PAC 2 mais R$ 160 milhões para a construção da Via Metropolitana Sul ao redor da lagoa. Nenhuma obra foi iniciada até o momento. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Conversa de pescador ou não é melhor ficar ligado nos tubarões nas praias de Jaboatão

Imagem: Marcelo Ferreira (divulgação)
Será que o barulho da draga e de máquinas não estaria estressando os tubarões?
Nos últimos dias, tenho conversado e recebido alguns e-mails e mensagens de leitores alertando ao risco de ataques de tubarão na orla de Jaboatão. Em aluns relatos, leitores vem me passando que  recentemente, tubarões estão chegando cada vez mais perto das praias e dos banhistas. Este fenômeno, também está sendo observado e relatado com frequência por pescadores antigos da praia de Candeias. 

Sendo história de pescador ou não, o que me fez escrever este post foi a necessidade de alertar e tocar num assunto até então não mencionado: o desequilíbrio ecológico causado pelas obras de engorda das praias de Jaboatão. Não que eu seja contrário as obras, mas os impactos que elas estão causando no meio ambiente, infelizmente, não foram debatidos ou discutidos com população. 

A prefeitura deixou de dizer, por exemplo, o que será feito com os corais de arrecifes entre os hotéis Golden Beach e Dorisol, que estão muito próximos da orla, abaixo do nível da praia por causa da erosão e possivelmente serão aterrados por toneladas de areia, prejudicando ainda mais o ecossistema da região. 

Também não ficou muito claro como a alteração das correntes marinhas e o barulho das obras estão afetando a fauna marinha e animais como tubarões, por exemplo. Será que o barulho provocado pelas máquinas e draga não estaria estressando ainda mais os tubarões (que são super sensíveis ao som) e aproximando-os ainda mais da costa? 

São questões que precisam ser debatidas, pois a obra, apesar de importante, deve causar impactos ambientais relevantes e irreversíveis. E enquanto os debates não se iniciam (pode ser que nem aconteçam), o melhor é ficar atento a possibilidade de aproximação dos tubarões nas praias  de Jaboatão neste período de obras e não se arriscar, sendo tudo isso conversa de pescador ou não. 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Em dia de consulta popular em Jaboatão, nada melhor que lembrar promessas de campanha não cumpridas

Hoje (12), a prefeitura de Jaboatão realiza uma consulta popular para conhecer as demandas da população. Além das 500 urnas espalhadas, onde pode-se responder a perguntas pré-estabelecidas, os internautas podem também "opinar" pela internet, com a promessa de terem seus desejos atendidos. 

Mas parece que cumprir promessa não é a especialidade dos gestores de Jaboatão há muito tempo. Só o atual prefeito Elias Gomes (PSDB) carrega uma bagagem de dezenas de promessas de campanha não cumpridas que, é claro, já viraram motivos de indignação.

Então, neste dia de aparente democracia em Jaboatão, que tal relembrar algumas promessas não cumpridas pelo prefeito reeleito? A lista (muito bem elaborada por sinal) foi publicada pelo blog do Roberto Santos e você pode conferi-la na íntegra fazendo uma visita ao blog neste link (http://blogdoroberto58.blogspot.com.). Navegue a vontade e descubra por localidade as promessas não cumpridas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

OPINIÃO: Temendo manifestações, Elias Gomes vai espalhar caixinhas de sugestões em Jaboatão

Por Herbert Fernandes

Temendo as manifestações, algo no mínimo bizarro acontece neste momento em Jaboatão: o prefeito Elias Gomes (PSDB) acaba de anunciar que vai criar pontos de sugestões na cidade, onde o cidadão poderá registrar numa espécie de "cédula" suas insatisfações e depois depositá-las numa urna, assim como fazem supermercados, lojas, etc. O tucano promete que vai analisar cada reclamação juntos aos secretários e tentar atender as demandas. Mas como assim, então quer dizer que ele não ouvia antes e se ouvia ignorava as reclamações?

Elias fez ainda um vídeo onde convoca a população a participar do que ele chama de "grande plenária popular". Aparentemente tenso, o prefeito se pronuncia convidando a população e se dizendo admirador das manifestações democráticas que se espalham pelo Brasil:

O blog também admira a abertura do governo ao diálogo, mas neste momento, sinceramente, soou falso, meio oportunista. Quantas reclamações surgem todos os dias em Jaboatão sobre obras atrasadas, o povo pedindo transparência, educação , saúde, etc. Elias tem conhecimento e nada faz? Porque Elias se calou durante 6 meses (me refiro apenas ao 2º mandato, quando obras prometidas nas eleições foram paralisadas) perante a chuva de reclamações e só agora se pronuncia? 

Para registrar meu ponto de vista é importante dizer que o Blog Lagoa Olho D'água nunca foi e nunca será partidário (não torço a favor nem contra qualquer governo, quero apenas que trabalhem bem em favor do povo) e que não estou aqui contra ou a favor das manifestações, apesar de achar importante que elas aconteçam. Como já disse, essa abertura do governo ao diálogo é importante, mas a forma de como essa abertura surgiu é suspeita. Só espero que não seja apenas mais um truque midiático para tentar acalmar os ânimos e calar a boca da população que não aguenta mais ver a segunda maior cidade de Pernambuco tão mal cuidada e sem qualquer desenvolvimento. 

Bom, confiram vocês mesmos. Vejam o vídeo com o pronunciamento do prefeito:

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Opinião: A crescente violência e diferenças sociais em Jaboatão

Apesar dos números oficiais não terem ainda sido divulgados, a população de Jaboatão vem percebendo um aumento relevante na violência. Assaltos, roubos de carros e até mesmo assassinatos tem sido relatados pela mídia (e moradores) com mais frequência, comparado aos anos anteriores de 2011 e 2012. E a população já começa a ficar preocupada.



No relatório do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, divulgado em março deste ano ano, Jaboatão apareceu na 80ª posição no ranking nacional em mortes por arma de fogo. O próprio secretário de defesa social do Estado, Wilson Damázio, manifestou publicamente a preocupação com o aumento da violência na cidade. Na ocasião, o secretário substituiu o comandante do Pacto Pela Vida na região e prometeu maior diálogo com o prefeito Elias Gomes no enfrentamento da violência. 



Ontem, um anuncio importante (mas não suficiente)  na área de segurança pública foi feito. O bairro de Guararapes, um dos mais violentos do município, ganhou reforço policial, num projeto intitulado Polícia Amiga. O programa promete atuar na prevenção dos crimes, não apenas com ações repressivas, como geralmente acontece. De acordo com a polícia, os policiais envolvidos no projeto interagirão mais com a comunidade, buscando soluções conjuntas para o enfrentamento da violência. 

Mas será que só isso basta? Obvio que não, pois são ações pontuais, limitadas a uma determinada região. E os outros bairros, como ficam? Cadê todo aquele aparato policial que tínhamos nas ruas no ano de 2009 e 2010, quando o governador lançou o Pacto Pela Vida. Pergunto ainda: cadê ações sociais, de qualificação profissional e geração de renda realmente eficientes? Além disso, hoje temos uma cidade sem infraestrutura, sem ruas, sem saneamento, que marginaliza mais da metade da população. Como um carro de polícia pode atender uma comunidade onde as ruas estão cheias de lama, ou pior, onde as vezes sequer existem ruas? Tal condição urbanística, é claro, só favorece os traficantes e marginais. 

Está mais do que na hora do município deixar de governar para poucos e pensar na maioria. Duas realidade de Jaboatão que me chocam (além da falta de infraestrutura) é o nível educacional e de renda da população. De acordo com o último Censo do IBGE, 38% da população é analfabeta ou possui ensino fundamental incompleto. Dá para acreditar? E todos nós sabemos que a pobreza e as desigualdades gera violência.

E esta falta de educação básica reflete também na distribuição de renda dos jaboatonenses. Na nossa cidade, mais de 191 mil pessoas vivem sem rendimento e outras 181 mil com apenas 1 salário mínimo. Esta cifra representa quase metade da populão vivendo ma pobreza extrema e miséria. Números, no mínimo contraditórios, quando este mesmo Jaboatão da pobreza, possui também o 10º maior PIB do Nordeste. 

São por estes e outros argumentos que posso fundamentar com convicção que o Programa Polícia Amiga será inútil se não tivermos  o comprometimento dos governos municipal e Estadual no enfrentamento real das desigualdades sociais. Enfrentamento este não apenas colocando mais polícia nas ruas ou gerando alguns empregos de baixa qualificação (como hoje acontece), mas investindo em educação de qualidade, em formação profissional e igualando a infraestrutura dos moradores das periferias aos da beira mar, pois uma cidade com infraestrutura precária, onde se cria uma cortina de divisão histórica entre pobres e ricos,  nunca se desenvolve. 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Elias Gomes cria comitê para acompanhamento da obra de contenção do avanço do mar. E outras obras atrasadas, como ficam?

O prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), assinou nesta segunda-feira (15) a Portaria de nº3, que oficializa a criação do Comitê Executivo de Acompanhamento das Obras de Contenção da Erosão Marinha (Ceamar). 

O Comitê, que será constituído por representantes da prefeitura e sociedade civil, terá a responsabilidade de debater e fiscalizar todo o processo das obras de recuperação da orla, com reuniões que ocorrerão quinzenalmente. 

O interessante de toda esta situação é que dezenas de obras se arrastam atrasadas pela cidade e o prefeito Elias Gomes vem dando ênfase apenas a esta obra na orla, que lógico é importante, mas não é a única que deve ser priorizada. A impressão que temos é de que todo este interesse de Elias é pessoal, já que ele mora na beira mar... 

E enquanto a obra na orla avança sem atrasar (pelo menos por enquanto, nunca se sabe quando se trata de obras da prefeitura de Jaboatão), obras como as de drenagem da Lagoa Olho D'água, pavimentação de ruas, urbanização, contenção de encostas, reforma de teatro, praças e até mesmo serviços básicos como iluminação pública e coleta de lixo definham, estão atrasadas, sem qualquer previsão de execução ou conclusão. Ah! E nenhum comitê é criado para acompanhar e fiscalizar essas obras. Pra que mexer na casa de abelhas, não é Elias Gomes? Definitivamente, a criação deste comitê da orla neste momento pegou mal... 

Será que não está na hora do prefeito começar a governar realmente para todos? Jaboatão não se resume a orla. Como já disse, esta é uma obra importante, mas é preciso que o governo municipal também desenvolva ações em outras regiões, que as ações sejam descentralizadas, visando o desenvolvimento de Jaboatão como um todo. Hoje temos um grande projeto na orla (projeto este que também é estadual, é bom lembrar) e nenhum outro projeto relevante em outras regiões, numa cidade com as carências de Jaboatão. 

Assim, novamente, a impressão que tenho é que Elias Gomes brinca de governar. Governa para poucos, está perdido, cada dia mais perdido e descompromissado para com a população... Assim não dá!

domingo, 10 de março de 2013

Mobilidade em Jaboatão é assim: o pedestre que se dane!

Semáforos nas avenidas Bernardo Vieira de Melo e Ayrton Sena demoram mais de 10 minutos aberto aos veículos. Já os pedestre tem menos de 15 segundos para a travessia

Semáforo na Av. Ayrton Sena, em Piedade - Jaboatão
Calor de 32ºC, você sai de casa, anda pelas calçadas esburacadas de Jaboatão até chegar num sinal de trânsito na Avenida Ayrton Senna ou Bernardo Vieira de Melo. Você aguarda o sinal fechar para poder fazer a travessia e aperta aquele botãozinho verde para tentar agilizar, pois está um dia quente e tudo que você deseja é atravessar logo. Mas ora, o botãozinho verde nunca funciona e os carros não param!

Passado o primeiro minuto de espera você já está impaciente. Aperta novamente o botão e nada. Os carros passam voando, ignoram a sinalização de velocidade máxima de 50km/h. Guardas de trânsito, radares, multas... que nada! Essas coisas não existem  mais em Jaboatão... 

Você quer atravessar, mas não consegue encontrar um brecha em meio ao tráfego intenso. 2...3...4...5 minutos de espera e nada. Que raiva! O maldito sinal não fecha! 6...7...8...9...10 minutos! Sim, 10 minutos e nada ainda! 

Você já ouviu 2 músicas no seu Ipod e já pensa até em levar uma cadeira de praia na próxima vez, quando finalmente o sinal abre para o pedestre e um motorista mal educado passa com tudo, desrespeitando a sinalização. Ok, você teve atenção e pelo menos desta vez não foi atropelado. 

Então você começa a caminhar pela faixa de pedestre apagada quando, em menos de 15 segundos, o sinal abre para os carros novamente. Os motoristas aceleram ou buzinam em tom ameaçador. Você corre para finalizar a travessia sentindo-se humilhado pelo simples fato de ser pedestre... 

Fazer o que né?  Em Jaboatão tentam vender a ideia de que a cidade terá mobilidade humana, mas na verdade a mobilidade daqui é do tipo "o pedestre que se dane"! 


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

OPINIÃO: Jaboatão não investe porque não tem dinheiro e não tem dinheiro porque não investe

É aceitável Jaboatão ter seu orçamento comprometido por causa da alta sonegação de IPTU? É possível gerar outras formas de arrecadação? 

Por Herbert Fernandes

Sem consegui gerar outras fontes de receita, Jaboatão insiste em tentar aumentar a arrecadação de IPTU, que teve sonegação recorde de 73% neste ano. Ações porta a porta, campanhas caras em TV, apelo do prefeito nas redes sociais e promessa de mais rigor na punição aos devedores são as tentativas desesperadas do município para tentar reverter esta situação e, consequentemente, dar uma folga no apertado orçamento deste ano. Mas não seria perigoso ter o orçamento de uma cidade como Jaboatão comprometido pela sonegação do IPTU? É possível gerar outras formas de arrecadação? E afinal, por que ninguém paga IPTU na nossa cidade? 

Começando pela inadimplência, a primeira ideia que nos vem a mente para tentar responder a esta questão da sonegação é: a população não acredita que o dinheiro pago será revertido em benefícios, pelo próprio histórico que Jaboatão tem ao longo de décadas de corrupção e descaso com a infraestrutura da cidade. Mesmo assim, o prefeito insiste em tentar arrecadar mais IPTU, tentando convencer sem sucesso a população que o município mudará arrecadando apenas este imposto, como se o IPTU fosse a única fonte de arrecadação de uma cidade. Discurso superficial e estratégia errada.

O que acontece hoje em Jaboatão é que, além da alta sonegação de IPTU, o município não consegue gerar outras fontes de receita, pois possui um setor de serviços e indústria estagnados. No setor de serviços, por exemplo, a falta de investimentos em pavimentação de ruas, esgoto, planejamento urbano, etc. afasta os investidores, algo contraditório, pois atualmente Jaboatão acolhe muitos novos moradores de alto poder aquisitivo (demanda gerada  pelo Pólo de Industrial de Suape). Sem investimento na infraestrutura básica, Jaboatão torna-se uma cidade não atrativa a empresas de turismo, lazer, gastronomia, varejo, dentre tantos outros serviços que os moradores novos e atuais necessitam. Por essas deficiências, muitas empresas optam não se instalarem ou ampliarem seus investimentos por aqui. Um prejuízo aos cofres públicos e ao desenvolvimento da nossa cidade. 

Até mesmo o setor da construção civil teve seu crescimento retido em virtude de decisões políticas equivocadas, da falta de infraestrutura e ausência de projetos de planejamento urbano. Uma das áreas que mais tem potencial para a expansão do setor imobiliário é a região da Lagoa Olho D'água. Mas a autorização para novas construções regulares está congelada há mais de 2 anos  (as construções irregulares continuam crescendo), pois a conclusão dos estudos de macrodrenagem da região estão atrasados. Resultado, grandes investimentos e lançamentos imobiliários estão travados, deixando de gerar renda, impostos e desenvolvimento para esta sofrível área de Jaboatão, que poderia ser melhor aproveitada pelo município, descentralizando os investimentos apenas na orla.

Outro setor que não se desenvolve é o industrial. Nem mesmo a Zona de Livre Circulação de Mercadorias (ZEIS), prometida há 4 anos ficou pronta. A obra caminha a passos de tartaruga e dezenas de grandes empresas deixam de se instalar por aqui, causando um prejuízo fiscal de milhões.

Hoje, o setor que cresce em Jaboatão é o informal, como mercadinhos de bairros, salões de beleza, ambulantes, lojas de bairro, feiras livres, etc. Apesar de gerar renda e fazer a economia local se movimentar, este setor cresce de forma desorganizada e a maior parte não paga os impostos como deveriam. E fiscalização que é bom, nada! Mais uma oportunidade de arrecadação desperdiçada.

Resumindo: o que existe hoje em Jaboatão é baixo investimento em infraestrutura, falta de planejamento urbano, política fiscal frouxa e uma gestão que ainda não conseguiu entender a dinâmica de crescimento que a cidade necessita para captar novos investidores e, consequentemente, arrecadar mais impostos sem depender tanto da arrecadação do IPTU para sobreviver. E a estratégia do prefeito de tentar justificar atrasos e ausência de obras porque o povo não paga o IPTU é como o nosso amigo leitor Tiago Rocha comentou no blog: "É um ciclo vicioso, Jaboatão não investe porque não tem dinheiro e não tem dinheiro porque não investe. No fim, essa conversa do prefeito (de não poder investir sem dinheiro do IPTU) é apenas política para iludir os incautos, para que achem que ele está trabalhando". 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Aniversário: 6 anos de Blog Lagoa Olho D'água


Herbert Fernandes - editor do blog
Boa tarde a todos amigos e leitores do Blog Lagoa Olho D'água. No último dia 16 de fevereiro nosso blog completou 6 anos de existência. É um longo e gratificante período ao lado de vocês, tratando de temas relevantes e importantes de Jaboatão e da nossa Lagoa Olho D'água. 

Hoje estou muito feliz de ter este trabalho reconhecido, um trabalho de formiguinha, independente, que começou denunciando os problemas da lagoa e ganhou dimensões não planejadas. Hoje nosso blog é referência em Jaboatão e as notícias publicadas aqui transcenderam as barreiras da lagoa e contemplam todo o município, repercutindo na grande mídia e agindo como agente democrático e transformador da realidade da nossa cidade. 

Quero agradecer a você leitor que sempre nos visita, que tem credibilidade neste trabalho, que nos manda notícias, que divulga, denuncia, comenta, compartilha links e faz crescer esta rede de colaboradores comprometidos com Jaboatão. A maior recompensa de um blogueiro é saber que o blog está sendo lido e disto não tenho do que reclamar, graças a você leitor! 

Agradeço também as minhas fontes, aos amigos das assessorias de imprensa de Jaboatão, aos jornais e blogs comprometidos da nossa cidade, as ONGs, ambientalistas e aos meus amigos políticos (sim, eles também colaboram para que a gente possa dar as notícias em 1ª mão que vocês tanto gostam...). Agradeço a todos que de alguma forma colaboram para que este espaço dedicado a Jaboatão se mantenha na blogosfera. 

Obrigado a todos! 

Herbert Fernandes

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Opinião: Jaboatão Inacessível


Por César Ramos

A base da mobilidade urbana são as calçadas. Independente do modal de transporte que as pessoas utilizem, todos são, em algum momento, usuários das calçadas. E é nesse quesito onde Jaboatão mais tem falhado. As calçadas aqui são verdadeiras pistas de obstáculos para os pedestres. A Lei da Acessibilidade (Lei Nº 10.098/2000 ) estabelece critérios para acessibilidade universal no espaço público e em edifícios. As cidades têm até o ano que vem (2014) para se adaptarem as novas normas. Acho muito difícil que esse governo faça em um ano o que não fez em quatro. 

Em Jaboatão, nos 27 bairros da cidade, não há registros de semáforos sonoros ou pisos táteis (para deficientes visuais), rampas de acesso que sigam as normas técnicas (para cadeirantes) e sequer temos calçadas minimante conservadas com pisos e larguras adequadas. Não me refiro às obras antigas, refiro-me as poucas obras de requalificação feitas por essa gestão, que não seguem os critérios mínimos de acessibilidade.

*César Ramos é integrante de movimentos sociais e presidente do Psol Jaboatão

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

OPINIÃO: Por que a inadimplência do IPTU de Jaboatão chega aos surpreendentes 70%?


Crise econômica, diminuição da arrecadação e de repasses do governo federal foram os motivos alegados pela prefeitura de Jaboatão para cortar gastos com pessoal e até mesmo paralisar obras importantes. Sem dinheiro em caixa, o prefeito Elias Gomes se viu numa saia justa para fechar as contas de 2012. Para Justificar o "aperto", disse que o desequilíbrio fiscal veio principalmente da diminuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), provocado pelas politicas de redução de impostos do governo federal, como a redução do IPI.

Mas será que Jaboatão depende tanto deste dinheiro para manter as contas em dia? Ou o município está em dificuldades por não ter uma política econômica e fiscal capazes de aumentar a arrecadação sem depender tanto de repasses federais como o FPM? 

Só para se ter uma ideia, apenas de IPTU, Jaboatão deixa de arrecadar cifras milionárias todos os anos. Dados divulgados pela pela própria prefeitura em 2011, apontam que a inadimplência do IPTU chega a casa dos 70%. Mas por que o povo não paga? Não é pelo simples fato de não puderam pagar como os mais simplistas insistem em "teorizar". Muita gente não paga, simplesmente porque não confia no retorno do valor pago em serviços de qualidade ou porque mora em áreas consideradas irregulares. São as famosas e populosas favelas, comunidades e Zonas de Interesse Social, que se multiplicaram sem nenhum controle e hoje compõem a maior parte da cidade. São milhares de jaboatanenses que sequer tem seus imóveis cadastrados pelo fisco. Sem cadastro, serviços público de qualidade e vivendo às margens da sociedade, essa população não tem como pagar IPTU, mesmo se quisessem.

Cálculos superficiais que fiz para esta postagem indicam que se cada residência de Jaboatão pagasse R$ 300  de IPTU por ano, o município arrecadaria mais de R$ 60 milhões (este valor é nivelado por baixo, pois existem residências de alto padrão, além do comércio e indústria, que pagariam bem mais).  Este valor daria, por exemplo, para dragar parte da Lagoa Olho D'água ou pavimentar e drenar centenas de ruas. Mas para pagar, a população precisa de motivação, ou você acha que alguém que mora numa comunidade onde sequer existe coleta de lixo eficiente, onde o esgoto passa na porta de casa e não existe sequer uma rua pavimentada, vai concordar em pagar IPTU mesmo se tiver seu imóvel devidamente cadastrado?

Para arrecadar mais IPTU, a prefeitura precisa abandonar a arcaica política de apenas coagir os devedores. Precisa cobrar um valor de IPTU justo e, acima de tudo,  integrar o sistema de arrecadação às comunidades periféricas, que são mais da metade de Jaboatão  e que hoje não pagam nada. É preciso que estas comunidades que já existem há décadas de forma irregular sejam regularizadas, que os moradores tenham o título de posse de suas casas, sejam cadastrados no fisco e se tornem cidadãos. É preciso que, ao mesmo tempo, a prefeitura invista pesado em planejamento urbano, infraestrutura, abra ruas nestas comunidades integrando-as a outros bairros e transformando o conjunto de ocupações desordenadas em locais  dignos para se viver. É preciso ser jogo aberto para com a população, ser transparente e que o povo saiba onde cada recurso está sendo investido. Só assim terão confiança em pagar. 

E com esforço, transparência, investimento inicial, informação, dedicação e inclusão, as comunidades e cidadãos que hoje não pagam IPTU porque sequer são cadastrados, obviamente passariam a pagar. Imagine o montante de pessoas que deixam de pagar porque não existem no mapa fiscal da prefeitura? E mesmo sem essa população pagar, a prefeitura precisa atendê-los com o mínimo de serviços (eficientes ou não), como educação, saúde, coleta de lixo, etc, o que provoca distorções no orçamento de qualquer município.

Deixar de negligenciar comunidades mais pobres e encarar um novo planejamento urbano para Jaboatão não vai apenas trazer mais dignidade para o cidadão: vai trazer também uma maior arrecadação de impostos e mais investimentos, pois sem dinheiro ninguém governa bem. Depois, não adianta ficar jogando a culpa no governo federal pela baixa arrecadação e crescente crise fiscal, se nem mesmo o município aprendeu a bem equacionar esta simples lição de casa!


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

OPINIÃO: Todo animadinho, Elias Gomes usa bicicleta para ir até a prefeitura assumir 2º mandato

   Imagem: divulgação

Sem correr grandes riscos, o prefeito reeleito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), resolveu dar uma voltinha de bike até a prefeitura de Jaboatão. Num percurso considerado curto e tranquilo (aproximadamente 500 metros) e sem tráfego intenso de veículos, Elias partiu da Faculdades dos Guararapes rumo a sede da prefeitura, em Prazeres, onde foi empossado prefeito pela segunda vez.

Todo animadinho, o prefeito sorriu para as fotos enquanto era escoltado por equipes de trânsito e assessores. Minutos antes, discursou afirmando que a prioridade do seu governo seria a mobilidade humana, com foco na construção de calçadas e ciclovias:

"Dentro do nosso projeto temos a implantação de ciclovias nos corredores principais, como a avenida Ayrton Senna, em Piedade e Binário de Prazeres, que compreende às vias Arão Lins de Andrade, Barreto de Menezes e Emiliano Ribeiro. Além disso, vamos construir duas ciclovias intermunicipais, uma que ligará Boa Viagem a Barra de Jangada, com algo em torno de 10 km, e outra de Barra de Jangada a Pontezinha, com um comprimento de cerca de 10 km também” - prometeu o tucano.

Sem considerar o tom midiático e às vezes exagerado que Elias dá aos seus eventos, nosso blog deseja que o prefeito realmente cumpra sua promessa de investir em mobilidade e ciclovias. Hoje, usar a bicicleta como meio de transporte é Jaboatão é praticamente impossível! Ruas esburacadas, sem pavimentação, esgoto a céu aberto e menos de 2 quilômetros de ciclovia para uma cidade de 700 mil habitantes é algo ridículo! Isso sem falar na falta de sinalização, faixas de pedestres, de guardas de trânsito, etc...

Na verdade, o que eu gostaria mesmo é que esta pedalada de Elias fosse em 2016, quando ele finalmente conseguisse cumprir sua promessa e (pelo menos uma vez na vida), deixasse seu carro e saísse de sua residência em Candeias, pedalando por uma ciclovia em segurança até a sede da prefeitura, em Prazeres. Seria ou não mais oportuna esta pedalada do prefeito?


sábado, 22 de dezembro de 2012

Novas secretarias em Jaboatão: o que muda com a nova estrutura organizacional?


Ontem a tarde, a prefeitura de Jaboatão apresentou o novo modelo de secretarias em Jaboatão. Pelo organograma apresentado, 8 secretarias principais vão controlar outras 26 secretarias executivas. Os secretários destas 8 secretarias também já foram apresentados (clique aqui e conheça cada um deles). Mas afinal, o que mudou, o que este novo modelo pode trazer de benefícios à sociedade?

Analisando no ponto de vista organizacional, a nomeação de 8 secretários de total confiança do prefeito vai apenas auxiliá-lo na gestão das diferentes áreas do município. É como se estes super secretários fossem gestores e fiscalizadores das secretarias executivas (educação, saúde, esportes, lazer, meio ambiente etc), que vão continuar existindo. Desta forma, ao invés de ter 26 secretários com poder de decisão, o prefeito terá apenas 8 pessoas de confiança o auxiliando no controle da gestão. A ideia é centralizar a decisão nas mãos de poucos, fazendo o governo ter total controle político da administração pública

Isto pode ser positivo, pois tendo em vista a complexidade das pessoas que fazem política em Jaboatão, manobras políticas com o intuito de prejudicar a gestão e a governabilidade seriam evitadas, dando mais "agilidade" a gestão (entenda gestão como serviços públicos, obras, investimentos, planejamento, etc). Mas também pode ser negativo se os super secretários forem "vaidosos", não souberem administrar pessoas e áreas com competências tão diferentes. Neste caso, determinadas áreas do governo poderiam ser totalmente prejudicadas, afetando diretamente serviços públicos e a população. 

Outro ponto polêmico desta junção de secretarias era a mistura de secretarias como as de saúde e educação, por exemplo. Temia-se que 1 único secretário não tivesse todas as competências para administrar duas áreas tão complexas e distintas. Este ponto crucial foi finalmente exclarecido. Na prática, as secretarias de educação e saúde continuarão existindo como secretarias executivas, subordinadas a super Secretaria de Políticas Sociais Integradas. Ou seja, o super secretário vai apenas gerir essas secretarias no ponto de vista político-administrativo.

E a tão falada economia de 20% dos custos com a "redução" das secretarias? Bom, este quesito não foi explicado pelo prefeito Elias Gomes e muita gente acredita que tal formato represente maiores custos já que, na prática, a quantidade de secretarias aumentou (8 secretarias + 26 executivas = 34 estruturas administrativas no total). 

Não houve mudanças

Com relação aos escolhidos pelo prefeito Elias Gomes para compor as 8 super secretarias, não houve mudanças significativas. Alguns atuais secretários, como Evandro Avelar, Mirtes Cordeiro e Fátima Lacerda, continuam com o mesmos postos. Os demais, já atuavam na prefeitura em outras áreas e foram promovidos. 

Sem mudanças nos nomes, será que poderemos ver mudanças significativas na gestão e avanço de algumas áreas sensíveis, como as de infraestrutua, saneamento e planejamento urbano, que quase nada avançaram? É a pergunta que todos estão se fazendo...

Conheça a estrutura administrativa das novas secretarias de Jaboatão no slide abaixo: 



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

OPINIÃO: Complexo e não necessariamente eficiente, novo modelo de secretarias em Jaboatão ainda não foi bem digerido


A história do novo formato de secretarias de Jaboatão está dando o que falar. A junção de secretarias como as de educação, saúde, esportes e políticas sociais, que formariam uma única secretaria, a Secretaria de Políticas Sociais Integradas, está deixando muita gente com a pulga atrás da orelha, afinal, saúde e educação (por exemplo) são áreas essenciais e totalmente diferentes, portanto, merecem ser comandadas por profissionais especializados em cada área. Será que um médico seria capaz de entender de pedagogia e comandar a educação de um município (ou vice versa)?  Está é apenas uma questão que precisa de respostas nesta complexa reforma "administrativa" de Jaboatão.

Se por um lado o prefeito Elias Gomes usa palavras e metodologias complicadas para tentar explicar aos jornalistas e a população que este novo formato de unir diversas áreas já existe nas grandes corporações e vai representar "eficiência" e uma economia de 20% aos cofres públicos, por outro, o povo continua achando tudo muito complicado. Imagine você que tem um problema na área de saúde, precisa contactar a secretaria de saúde e descobre que terá que ir na Secretaria de Políticas Sociais Integradas? Pelo menos na questão da nomenclatura será bem complicado, não? Imagine ainda que o secretário de Políticas Sociais seja médico e não entenda nada de esportes e educação. Como ele vai deliberar na área? É exatamente este ponto que a oposição questiona.

Para a oposição, a nova a reforma secretarial trará prejuízos para a população, pois os secretários não dominarão todos os temas. Além disso, a oposição acredita que a junção de secretarias é  estratégia para concentrar mais poder nas mãos do prefeito Elias Gomes.  De acordo com a oposição, o município com menos secretarias daria menos dor de cabeça a Elias, já que as decisões estariam concentradas nas mãos de 8 secretários de total confiança do prefeito. 

Outro ponto favorável para o prefeito Elias Gomes com o novo modelo seria a "facilidade" em exonerar cargos sem causar grandes desgastes no governo, já que os secretários executivos, gerentes, etc, teriam menos poder de decisão e destaque na estrutura política do governo. 

Vele lembrar que este novo modelo de gestão foi sugerido através de estudo da Fundação Getúlio Vargas. Se o modelo será eficiente,  se teremos de fato economia ou não, só saberemos com o tempo. 

Outra questão que está me deixando intrigado são as secretarias executivas. Oficialmente Jaboatão terá 8 secretarias, mais as executivas em cada área (saúde, educação  lazer, esportes, meio ambiente, etc) continuarão existindo? Provavelmente sim. Então, qual economia teríamos se as antigas estruturas vão continuar existindo? São questões que só vamos consegui decifrar na próxima sexta-feira. 

Se você estiver com paciência para ler, clique AQUI e confira na íntegra o enorme texto enviado pela assessoria da prefeitura de Jaboatão explicando o novo formato e tire suas próprias conclusões...



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

OPINIÃO: Sem explicar como, prefeitura de Jaboatão pretende diminuir 10% dos casos de esquistossomose em comunidades da Lagoa Olho D'água


Caramujo hospedeiro da esquistossomose
A prefeitura de Jaboatão, em parceria com o governo do Estado de Pernambuco, pretende diminuir em até 10% os casos de esquistossomose nas comunidades de Novo Horizonte (Barra de Jangada) e Lagoa das Garças (margem oeste da Lagoa Olho D'água), mas esqueceram de explicar "como ?". No site da prefeitura, apenas um aviso pedindo para os moradores dessas comunidades procurarem uma Unidade de Saúde do bairro e solicitarem a visita de um agente de saúde. Sem rede de coleta e tratamento de esgoto, evitar a contaminação nestas comunidades é tarefa impossível.

A esquistossomose, também conhecida como "xistosoma" ou "barriga d'água", é uma doença provocada por um parasita encontrado nas fezes humanas. Ele se hospeda em caramujos que vivem em lagoas e áreas alagadas. Uma vez infectando o caramujo (principal hospedeiro da doença), o Schistosoma (nome do parasita que provoca a doença), completa seu ciclo de vida e contamina o homem que tem contato com água contaminada por fezes e caramujos. O transmissão se dar através da pele, por isso o grande número de pessoas infectadas na região da Lagoa Olho D'água, pois basta pisar em água contaminada para ser infectado.

Para acabar com a doença, é preciso que Jaboatão perca o vergonhoso título de 3ª pior cidade em saneamento do Brasil.  A implementação de rede de esgoto e água tratada, além da erradicação dos caramujos, são indispensáveis para combater a doença que matou mais de 114 pessoas em Pernambuco apenas no ano passado (dados Ministério da Saúde). Outras 8.746 pessoas foram contaminadas em 2011, apenas em Pernambuco

Talvez a prefeitura de Jaboatão e o Governo do Estado estejam apenas realizando exames para detectar os infectados e distribuindo medicamentos. Isto é importante, fundamental para evitar o óbito destes cidadãos, mas está longe, muito longe de ser uma medida preventiva de combate a doença pois, sem saneamento, essas pessoas serão facilmente re-infectadas. 

Desta forma, fazer uma campanha intitulada "Jaboatão sem Esquistossome", é, no mínimo, pretensão demais, soa como falso, destoante, quando as medidas preventivas básicas e investimento em saneamento sequer começaram e nem sabemos quando começarão...



domingo, 21 de outubro de 2012

OPINIÃO - Elias Gomes e a Câmara de Vereadores: o fim de uma relação promíscua?

 Por César Ramos
1. A RESPONSABILIDADE DO PREFEITO COM O CLIENTELISMO DA CÂMARA.
Para quem não se recorda, em 2008, Elias Gomes chegou ao poder em condições excepcionais, onde, dos 21 v

ereadores eleitos, apenas 1 pertencia a sua base aliada. Mas não demorou muito tempo para que o prefeito, recém eleito, cooptasse 100% da câmara dos vereadores. Incluindo os vereadores do PT, PV, PCdoB e do atual PPL. Após passar quase quatro anos se valendo de meios “ antirrepublicanos” para aprovar seus projetos, aditivos e o orçamento anual, agora, após sua reeleição, tenta “cortar as asas” de quem, durante tanto tempo, o ajudou a governar. Hipocrisia tem limites. Em nome da governabilidade Elias Gomes alimentou, durante muito tempo, uma relação promíscua com a Câmara e hoje, devido à crise fiscal, não possui mais condições de sustentar o peso da velha estrutura do poder.

2. O "MODUS OPERANDI" DA CÂMARA DOS VEREADORES FUNCIONAR:
A Câmara Municipal, embora seja um poder autônomo com prerrogativas constitucionais legislativas, na prática, a Câmara Municipal se transformou em um balcão de negócios. Essa relação clientelista é uma via de mão dupla, onde, tanto o prefeito “mexe seus pauzinhos” para conseguir aprovar seus interesses, como foi o caso da PL42 (que tornou passivo de venda, importantes imóveis da cidade) que foi aprovada sem o mínimo de transparência e democracia. Agora, o prefeito prova do seu próprio veneno, onde está tendo seus interesses contrariados na apreciação da Lei Orçamentária Anual (LOA/2013), o que nos “tempos de amizade” com a Câmara, transcorria conforme “seu rei mandava dizer.” Isso revela que esse conflito entre Câmara X Prefeito, não passa do sujo falando do mal lavado.

3. ELIAS, A CRISE FISCAL E A CABEÇA DE NECO.
Dois fatores levaram o prefeito a romper com os acordos que, historicamente, mantinha com a câmara dos vereadores. O primeiro deles foi a votação das últimas eleições (que já está subindo para a cabeça do prefeito), onde foram eleitos a maioria dos vereadores de sua base aliada, fato que tem feito o prefeito crescer sua ambição de, também, querer indicar o presidente da câmara, transformando, por vez, o Legislativo Municipal em mais uma secretária do Palácio da Batalha. Daí vem as declarações públicas do prefeito contra a figura de Neco, como tentativa de jogar a opinião popular contra a figura do atual presidente da câmara. Este, que já se encontra no poder há mais de duas décadas, é o que podemos chamar de “o Sarney de Jaboatão. 


César Ramos 
Presidente da Comissão Provisória do PSOL

Este blog é um espaço democrático, aberto a opinião daqueles que ajudam na construção de Jaboatão dos Guararapes. Os artigos de opinião de terceiros estão devidamente identificados e não representam, obrigatoriamente, a opinião do blog.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sem apoio tucano, secretário exonerado do PV não conseguiu fazer nada pelo meio ambiente de Jaboatão


Ermírio Rego Barros, secretário exonerado em Jaboatão
Com perfil conciliador e com boas ideias, o secretário municipal de meio ambiente de Jaboatão exonerado na semana passada, Ermírio Rego Barros (PV), não conseguiu trabalhar em prol do meio ambiente. Sem recursos financeiros e com uma secretaria de meio ambiente sucateada, Ermírio carregou nas costas uma secretaria de fachada, que servia mais para cabide de empregos do que para cuidar dos nossos recursos naturais. 

Quando assumiu em fevereiro de 2011, após a exoneração misteriosa do antigo secretário, Márcio Mendes (também do PV), Ermírio tinha dois objetivos principais: acalmar os ânimos dos membros do PV municipal  (na época em crise) e tentar executar um projeto de governo sustentável dentro da gestão tucana. 

De início, Ermírio conseguiu acalmar as constantes crises entre membros do partido e ficou decidido, após inúmeras negociações (principalmente de cargos) que o PV continuaria apoiando o prefeito Elias Gomes (PSDB). Mas foi na parte de gestão que a administração de Ermírio deixou a desejar. Sem recursos, o secretário não conseguiu colocar projetos em prática. Até mesmo fiscalizar o município foi tarefa difícil, já que a secretaria de meio ambiente possuía (e possui até hoje) apenas 16 guardas ambientais, que trabalham em esquema de revezamento

Com boa relação com o prefeito, não foram poucas as vezes que Ermírio solicitou a Elias Gomes recursos para a secretaria municipal de meio ambiente, mas os recursos nunca chegavam. Para manter a carruagem andando, restava ao secretário fazer parcerias com empresas privadas, que garantiram o mínimo de gestão, como algumas ações de educação ambiental em escolas e replantio de árvores em área urbana.

No início deste ano, Ermírio quis voar mais alto e, como apóio da secretária municipal de desenvolvimento das cidades, Fátima Lacerda, tentou colocar em prática um projeto ambiental na Lagoa Olho D'água, a "Casa da Lagoa", que tinha como objetivo levar a prefeitura para dentro das comunidades da maior e mais abandonada lagoa de Jaboatão e do Brasil, discutindo projetos e ações a serem implementadas nestas comunidades. 

Com dificuldade, já que o prefeito não liberava verbas para o meio ambiente, uma casa foi alugada nas margens da Lagoa Olho D'água (em Piedade) desde o início deste ano, mas o projeto ainda não foi colocado em prática e a casa nunca foi utilizada.

Ermírio também deixa a secretaria de meio ambiente sem ter conseguido concluir o projeto de contenção do avanço do mar na orla de Jaboatão, o único projeto ambiental que está caminhando em Jaboatão e que tem interesse em ser executado pelo prefeito Elias Gomes.

O PV na gestão tucana -  sem recursos, a secretaria de meio ambiente do PV servia apenas para empregar os verdes, que em 2008, apoiaram a primeira candidatura do prefeito Elias Gomes (PSDB). Em troca dos cargos, o PV passou apoiar a gestão tucana na câmara, tendo como líder o o vererador Pastor Edmilson (reeleito neste ano). Na época, quem estava a frente da secretaria era o advogado Márcio Mendes, exonerado em 2011 sem grandes explicações. 

Em 2009, graças ao fenômeno Marina Silva, o PV ganhou força e prestígio dentro do governo Elias Gomes. Para os tucanos, ter um partido que defendesse a sustentabilidade como aliado, numa época em que meio ambiente estava na moda, era unir o útil ao agradável. Mesmo o meio ambiente não sendo uma prioridade para a atual gestão tucana, o prefeito Elias Gomes conseguiu com a aliança PV/PSDB dar a impressão que o "Jaboatão da mudança" estava preocupado com as questões ambientais.

Os anos seguintes se passaram, Ermírio Rego Barros assumiu a secretaria municipal de meio ambiente e tudo continuava do mesmo jeito: uma secretaria inoperante, cabide de empregos, sem recursos, sem projetos e sem ser prioridade dentro da gestão de Elias. Pouco, quase nada foi feito e hoje o meio ambiente de Jaboatão continua desprotegido, sem perspectivas de melhoras... Nos resta agora aguardar para ver se a gestão tucana dará a importância que o meio ambiente necessita, ou se vão continuar plantando ilusões de algo está sendo feito, quando na verdade, tudo continua do mesmo jeito.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

OPINIÃO: A previsível vitória de Elias Gomes em Jaboatão

Previsível. Esta palavra define o pleito eleitoral em Jaboatão neste ano. Sem muitas opções de escolha, a população ficou dividida entre a continuidade do governo Elias Gomes (PSDB) ou arriscar uma nova administração com Cleiton Collins (PSC). Venceu Elias, que foi reeleito com 62,93% dos votos. Collins não alcançou nem a metade dos votos do tucano. Estancou nos 27,54%.

Como já dito, a vitória de Elias Gomes era mais que previsível. Apesar de não ter cumprido promessas de campanha como dragar a Lagoa Olho D'água, aumentar o índice de saneamento de Jaboatão a 40% (hoje a cidade tem menos de 2%) ou pavimentar as tão faladas 1 mil ruas, Elias conseguiu dar uma alavancada na sua gestão em meados de 2011. Estratégico, parou de afirmar excessivamente que as mazelas de Jaboatão eram culpa das gestões anteriores e começou a trabalhar.

Com a ajuda de financiamentos da união e do Estado, pavimentou ruas, becos e vielas; construiu obras viárias, deu atenção especial as principais corredores, iniciou trabalhos de manutenção em comunidades mais carentes, fez importantes alianças políticas e trabalhou com uma equipe de comunicação competente, que meticulosamente conseguiu construir a imagem de um Elias Gomes bom moço, o salvador de Jaboatão e que sem ele a "mudança" poderia ser interrompida. 

Do outro lado, Collins começava uma campanha tímida, cheia de erros e que sequer teve apoio do seu partido no Estado, o PSC. O deputado pastor teve dificuldade até mesmo para consegui apoio de membros da sua igreja. A surpresa veio quando presidente da igreja que Collins participa, a Assembléia de Deus em Pernambuco, declarou publicamente apoiar Elias Gomes. Mas os erros de Collins não acabaram por ai...

O deputado pastor não se posicionou bem a respeito da garantia do Estado Laico caso fosse eleito. E isto pesou, assim como seu mal desempenho político como deputado, tendo aprovado poucos projetos durante seus 2 mandatos. Provocou desconfiança de parte dos eleitores e da imprensa local, que não via com bons olhos suas candidatura e propostas superficiais.

Notícias analisando sua candidatura começaram a surgir e, a partir deste momento, Collins passou a ignorar veículos de comunicação que falavam dele negativamente, demonstrando a falta de preparo daqueles que orientavam sua campanha. Foi seguindo isolado, numa campanha morta, sem sal... Enquanto isso, Elias buscava apoio até mesmo daqueles que pensavam diferente. 

E a estratégia tucana deu certo. Elias Gomes foi reeleito logo no primeiro turno, com maioria absoluta dos votos. No inconsciente da maioria da população, verdade ou não, impera o seguinte pensamento: "Apesar de Elias não ter feito tudo que prometeu, Jaboatão hoje pelo menos funciona administrativamente. Não temos a garantia que Collins fará melhor, por isso melhor continuar como está do que arriscar voltar ao caos do passado" .



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Crítica: O sofrível debate dos candidatos de Jaboatão na TV Nova Nordeste


Desinteressante. Esta palavra resume o debate promovido ontem pela TV Nova Nordeste com os candidatos a prefeito de Jaboatão. Com duração de quase 3 horas, o debate não conseguiu explorar as propostas dos candidatos, que abordaram temas como educação, saúde, turismo e meio ambiente, mas da forma mais superficial possível. 

Com o sinal de transmissão sofrível da TV Nova Nordeste em Jaboatão, o telespectador acompanhou um debate frio, com candidatos pouco agressivos e sem propostas definidas. Logo no primeiro bloco, a emissora pecou no formato e convidou 2 estudantes de comunicação para fazerem as perguntas aos candidatos. Sem muita desenvoltura, os estudantes que nem eram de Jaboatão (um era de Camaragibe e outro de Vitória de santo Antão), se atrapalhavam nas perguntas, cansando os telespectadores e deixando o debate com ares de amadorismo.

A ausência de Elias Gomes (PSDB) também foi sentida. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o tucano se recusou a participar do debate promovido pela TV Nova NE. Em nota enviada a imprensa horas antes do debate, a assessoria do tucano questionou a isenção da emissora e salientou que Elias Gomes não participaria de um debate na emissora do adversário (a TV Nova NE é de propriedade de Pedro Paulo, vice de Cleiton Collins - PSC, principal concorrente de Elias). 

Outro ponto que chamou atenção dos telespectadores foi  o atraso de César Ramos (Psol), que só entrou no segundo bloco do programa. Para justificar a ausência no 1ª bloco, César disse ter ido ao debate de ônibus e ter se atrasado com o trânsito.

Já com Ramos no estúdio, o debate se estendeu frio nos blocos posteriores. Nem mesmo quando um candidato começou a perguntar ao adversário a coisa esquentou. As propostas continuavam frias, falava-se de saúde, educação, melhoria do meio ambiente, mas ninguém dizia como faria as mudanças, onde conseguiriam recursos. Perderam tempo criticando a atual gestão, abordando questões do senso comum, defendendo a diminuição do IPTU e contraditoriamente criticando o aumento da dívida do município.

Apesar dos vários erros na produção do debate, a TV Nova Nordeste até tentou, mas um debate não depende apenas da emissora, mas da qualidade dos candidatos, que desta vez, deixaram muito, mais muito a desejar.


Candidatos que participaram do debate:

César Ramos (Psol)
Cleiton Collins (PSC)
Eliezer Costa (PPL)
Fernando Rodovalho (PRTB)
Paulo Bartolomeu (PRB)
Paulo Varejão


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Leitora reclama de transporte público de Jaboatão e caos no trânsito em Barra de Jangada

Sou moradora de Candeias e também Barra de Jangada (meus pais moram lá e morei por muitos anos) e vejo o desrespeito com esses dois bairros pela prefeitura. Já enviei e-mail para o Secretário Evandro, de Serviços Urbanos e sempre volta o  e-mail (é o que ele oferece de contato no site da Prefeitura).
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O transporte municipal, principalmente nesses micro-ônibus, os motoristas são verdadeiros terroristas que avançam sinais, cortam pela contramão, encurralando quem vem no sentido contrário, correm feito uns loucos, principalmente nessas localidades. 
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Na Av. Criciúma, em Barra de Jangada, é um verdadeiro salve-se quem puder! Buzinam querendo que os carros andem na velocidade que eles querem, ultrapassam nessa avenida estreita com um fluxo grande de pedestres e de carros.Venho pedir que faça por favor uma matéria sobre o caos do trânsito na localidade e também do controle urbano que não funciona na prefeitura, pois são vários comerciantes tomando conta da calçada, principalmente lava-jatos clandestinos, que utilizam água desviada da Compesa, pois quebram os canos e colocam suas bombas de lavagem. 
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 Isso tudo acontece na AV. Criciúma, em Barra de Jangada, próximo a UPA e perto da estação de tratamento de esgoto da Compesa! Por incrível que pareça... Este texto foi publicado no Gazeta Nossa, mas gostaria que  fosse publicado também no seu blog que sempre acompanho.
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Grata,
Aretusa.
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P.S do blog - Texto publicado Aretusa. O comentário que tenho a fazer sobre o sistema de transporte público de Jaboatão é que ele é péssimo e não atende com eficiência e qualidade as necessidades da população. Eu mesmo evito utilizar o chamado "transporte complementar", pois são sujos, perigosos e a maior parte dos funcionários mal educados. A fiscalização, por mais que a prefeitura diga que faça, é fictícia! A tarifa é cara, não integrada, ou seja, tudo um caos, como você descreveu no texto acima. 
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Eu, sinceramente, espero que nossa prefeitura (seja esta ou outra gestão) tome uma providência. Nós não somos idiotas para acreditar que esta renovação de frota e implementação do VEM (deus sabe lá quando), vá resolver os problemas. Está mais do que na hora da prefeitura de Jaboatão deixar de "politicagem", de querer agradar classes (entenda os permissionários) e começar a pensar em implementar um sistema de transporte público que não seja bom apenas para quem trabalha no sistema, mas principalmente para a população. Dar concessão a empresas privadas talvez seja uma solução (desde que sejam feitas exigências de qualidade no serviço e a fiscalização eficiente).  É isto que penso, doa a quem doer...